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A viagemo aposta ganhauma representação do PT à China, chefiada pela presidenta do partido, Gleisi Hoffmann, vem ocasionando uma sérieo aposta ganhacríticas sem quaisquer fundamentos.
Tais críticas subiram bastanteo aposta ganhatom após a presidenta do partido ter elogiado, com razão, a experiência econômica, social e política da China das últimas décadas.
A extrema-direita brasileira, latino-americana e internacional, que éo aposta ganhaonde vêm as reais ameaças à democracia brasileira, têm a China como uma grande inimiga. Portanto, aproximar-se à China não significa aliar-se com quem defende ditaduras no Brasil. É exatamente o contrário.
Em segundo, e esse nos parece o ponto principal, a China, no plano internacional, contribui, ao contrárioo aposta ganhaoutras potências, para o desenvolvimento dos demais países e para a conformaçãoo aposta ganhauma ordem mundial mais simétrica e democrática.
Ao agir dessa forma, a China contribui para a paz, para o multilateralismo e para a multipolaridade.
Há, contudo, países que não vêm com bons olhos essa grande ascensão da China no cenário mundial e as mudanças geoeconômicas e geopolíticas que acontecem celeremente no quadro internacional.
Essa visão simplória e maniqueísta da nova ordem mundial introduz tensões desnecessárias no planeta, tende a gerar conflitos e erode a consolidação da multipolaridade eo aposta ganhaum real multilateralismo.
Mas, mais do que isso, ela representa uma atitude autoritária, antidemocrática e arrogante, que visa a constranger os países que, como o Brasil, não querem se submeter a alinhamentos com ninguém.
Não se pode ser ingênuoo aposta ganhapolítica externa.
Essa pressão para o alinhamento com o polo do “Bem”, baseada numa caricatura ridícula da complexidade e diversidade do mundo, não provém, na realidade,o aposta ganhaalguma preocupação legítima com a disseminação da democracia pelo planeta.
Como se sabe, EUA e alguns aliados não hesitamo aposta ganhaapoiar países com regimes claramente ditatoriais ou autocráticos, desde que eles estejam alinhados com seus interesses. De outro lado, a história da América Latina demonstra,o aposta ganhaforma cabal, que,o aposta ganhavárias ocasiões, regimes democráticos foram derrubados com o apoio dos EUA eo aposta ganhapaíses europeus porque não se alinhavam com os interesses dominantes no continente.
A hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude.
Por isso, o Brasilo aposta ganhaLula não se submete a essa “escolha” maniqueísta, autoritária e hipócrita.
Entre EUA e Europa,o aposta ganhaum lado, e China e Rússia,o aposta ganhaoutro, o Brasil escolhe o Brasil, país com interesses próprios e independentes, que deseja ter boas relações com todas as nações e que almeja contribuir para a conformaçãoo aposta ganhauma ordem mundial multipolar, multilateral e simétrica, capazo aposta ganhadar soluções para os graves problemas do planeta, como o aquecimento global, a fome, a pobreza, as desigualdades e as guerras.
Entre o “Bem” e o “Mal”, o Brasil escolhe soberanamente os interesses e os valores ditados poro aposta ganhademocracia; não os interesseso aposta ganhaoutros, travestidos cinicamenteo aposta ganhapreocupações democráticas.
Nenhum país pode impor democracia a outros. Se alguns países,o aposta ganhavezo aposta ganhapromover cooperação e negociações, se concentramo aposta ganhaimpor aos outros dilemas maniqueístas e simplórios, então esses países dificilmente podem ser denominadoso aposta ganha“faróis da democracia”.
No plano mundial, os verdadeiros faróis da democracia deixam que a luzo aposta ganhatodos os países brilhe autonomamente.
