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Valter Pomar

Historiador e integrante da Direção Nacional do PT

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Pimenta ataca novamente

"Ao defender Elon Musk e vários escrotos do gênero, o PCO e Pimenta se tornam aliados objetivos da extrema-direita"

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Para variar, neste texto Pimenta leva o debate para algum lugar distante do pontobet3xpartida, a saber: a liberdade irrestritabet3xElon Musk. Lembro deste pontobet3xpartida, pois é essa a polêmica que interessa a imensa maioria das pessoas.

Do meu pontobet3xvista, o chamado método marxista toma a prática como critério da verdade, consiste na análise concreta da situação concreta. E, quando olhamos a prática, uma constatação é: ao defender Elon Musk e vários escrotos do gênero, o PCO e Pimenta se tornam aliados objetivos da extrema-direita; ao sustentar a tese da liberdade irrestrita, o PCO e Pimenta adotam posições similares às dos ultraliberais, às dos anarcocapitalistas et caterva.

Sei que o marxismo é uma tradição ampla, onde hábet3xtudo. Mas acho que o PCO e Pimenta causam um belo prejuízo ao marxismo, quando defendem o que defendem, atribuindo isso ao marxismo.

Segundo Pimenta, “a caracterizaçãobet3xpartidos e elementosbet3xesquerda como pequeno-burgueses nada tem a ver com se e onde trabalham”. Na minha opinião, errado. Vários elementos influem na caracterização do caráterbet3xclassebet3xuma orientação política. Um desses elementos é a classe ou fraçãobet3xclasse a que pertencem as pessoas que formulam esta orientação. Não é o único elemento, como demonstra o caso sempre citadobet3xEngels. Mas é um dos elementos.  

Pimenta diz, sobre o debate acerca da ditadura do proletariado, que “esse não é o problema colocado pela discussão sobre a liberdadebet3xexpressão (irrestrita, porque qualquer outra coisa é censura, ou seja, restrição da expressão). Não estamos na e nem na véspera da ditadura proletária”. Errado. A questão do caráterbet3xclasse do Estado, a questão do caráterbet3xclasse da democracia, estão postas antes, durante e depoisbet3xuma revolução. Ao defender a “liberdadebet3xexpressão irrestrita”, sem perguntar para quem, Pimenta e o PCO aderem a uma concepção liberalbet3xdemocracia.

Aqui um detalhe literário: Pimenta sabe muito bem que os teóricos fundadores da tradição a qual ele diz pertencer, sempre apontaram que a democracia tem caráterbet3xclasse. Sabe, também, que foi a direita do movimento socialista quem questionou o caráterbet3xclasse da democracia, afirmando no seu lugar seu caráter supostamente “universal”. Sabedor disto tudo, ele tenta escapar da armadilha que criou para si mesmo dizendo que “direito” é uma coisa maravilhosa e que tudo que não é maravilhoso é “privilégio”. E como ele sabe muito bem que na vida real não é assim, ele tenta sair pela tangente dizendo o seguinte: “a menos que Pomar utilize como definiçãobet3xdireito, a mais reacionária e formalista das definições, ou seja, que tudo o que está escrito na lei é um direito. Contudo, se fosse assim, a ditadura militar brasileira e até o regime hitleriano seriam a personificação do estadobet3xdireito”. 

A seguir nessa linha, Pimenta vai acabar defendendo o “estado democráticobet3xdireito” como sendo o suprassumo da democracia proletária. 

Aos fatos: tanto o nazismo, quando as ditaduras "normais" e também as "democracias burguesas", têm o seu "estadobet3xdireito". O que as diferencia, no plano estritamente político? O quantobet3xliberdades democráticas são conquistadas pela classe trabalhadora.  

O temabet3xfundo é que o direito também tem caráterbet3xclasse. Não existe “o” direito, não existe “a” democracia. Tudo, absolutamente tudo que existe numa sociedade desigual, ganha sentido a partir desta desigualdade.

Pimenta diz que eu não acredito “em lutar por direitos democráticos sob o capitalismo”, mas acredito “na capacidade da classe operária reprimir… os capitalistas sob o capitalismo. E pergunta: “sendo que o Estado sob o capitalismo é, sendo obrigados a ser tautológicos, o Estado dos capitalistas, quem é que vai retirar o direito dos capitalistas, o PT?” 

Respondo: eu defendo lutar por direitos democráticos, para a classe trabalhadora, sob o capitalismo. E acho possível retirar direitos dos capitalistas, sob o capitalismo. 

Tanto isso é verdade que os capitalistas lutam o tempo todo para revogar a legislação trabalhista, para revogar a legislação previdenciária, para alterar a legislação eleitoral, para ampliar a tutela militar etc. Pois eles sabem que só retirando os direitos da classe trabalhadora, eles podem ampliar os direitos da classe dominante.

Pimenta diz que “os jornais burgueses que foram fechadosbet3xrevoluções o foram como resultado da própria luta e da atitude contrarrevolucionária da burguesia e não como norma”. Errado. Concordemos ou não com isso, o fato é quebet3xtodas as revoluções socialistas, mais cedo ou mais tarde impôs-se a "norma" e os jornais da antiga classe dominante foram proibidosbet3xexistir.

Pimenta diz que “por algum motivo misterioso, nosso autor acredita que a restrição da democracia burguesa seria benéfica para os trabalhadores”. Errado. Não há nadabet3xmisterioso. Há motivosbet3xsobra para pararmosbet3xchamarbet3x"democracia burguesa" as liberdades conquistadas pelo povo contra a burguesia. Afinal, as liberdades arrancadas pelo povo, desde 1789 até hoje, não fazem parte da “democracia burguesa”; foram conquistadas contra a burguesia e contra a “democracia burguesa”.

Pimenta diz que “em regime capitalista, na realidade, qualquer restrição dos direitos democráticos significa amarrar as mãos da classe trabalhadora na luta contra a burguesia”. Errado. Por exemplo: é correto restringir os “direitos democráticos” dos nazistas, dos racistas, dos homofóbicos etc. Claro que Pimenta não concorda e é por isto, entre outros motivos, que ele saibet3xdefesabet3xtantos escrotos, como por exemplo Elon Musk. 

Para não dizer que não faleibet3xflores, estoubet3xacordo com Pimenta no seguinte: “a classe operária pode e deve utilizar a democracia burguesa, por mais restrita que seja, contra a própria burguesia”. Totalmentebet3xacordo. Por isso, aliás, é que no caso Moraes versus Musk, considero possível apoiar algumas medidas (não todas) adotadas por Moraes. 

Pimenta diz que “o direito é para todos. Se existe liberdadebet3ximprensa, qualquer pessoa pode abrir um jornal”. Haha. Só rindo. Isto não é verdade. Primeiro, pelo motivo que o próprio Pimenta aponta:  a desigualdade geralmente torna o usufruto desse direito um fato limitado ou até mesmo uma ficção”. Segundo, porque não basta “abrir um jornal”: é preciso que os meiosbet3xcomunicação da classe trabalhadora sejam capazesbet3xcompetir com os meiosbet3xcomunicação dos capitalistas. E poderíamos continuar a listabet3xobstáculos, até concluir que, mesmo quando o direito abstrato parece universal, na prática ele se torna uma “ficção”.

Pimenta sabe disto e chega a cometer a seguinte frase: “não podemos concluir que o direito político seja uma ficção absoluta, apenas relativa”. Ou seja: o tal “direito” que ele vinha elogiando é reduzido à condiçãobet3xficção. Relativa, mas uma ficção. E o que isso quer dizer? Que para alguns o tal direito existe, para outros não existe. Portanto, o Tico do Pimenta acababet3xdemonstrar que o Teco do Pimenta está mentindo, quando fala que “o direito é para todos”.

Pimenta diz que “a liberdadebet3ximprensa, se existe, é real para todos”. Vou desenhar o problemabet3xoutra forma: a força das classes, se existe, é real para todos. Mas para que a forçabet3xuns seja maior, é preciso que a forçabet3xoutros seja menor. Ou seja: trata-sebet3xum problemabet3xcorrelaçãobet3xforças. Não se tratabet3xsaber se é "real" ou não, se tratabet3xperceber que é real para unsbet3xdetrimentobet3xoutros.

Pimenta diz que “se as liberdades democráticas não significassem nada, nem haveria sentidobet3xse lutar por elas”. Verdade. O problema estábet3xoutro lugar, a saber: a ampliação das liberdades democráticas da classe trabalhadora implicabet3xrestringir as liberdades democráticas da burguesia. As vezes parece que Pimenta sabe disso, apenas troca as palavras “liberdades democráticas da burguesia” por “privilégios”. Mas ao defender os direitos democráticosbet3xElon Musk, ele demonstra que não se trata apenasbet3xuma questãobet3xpalavras.

Pimenta diz que “para fazer as massas compreenderem o caráterbet3xclasse da democracia burguesia é necessário que exista essa democracia, mesmo na forma completamente bastarda e fictícia que temos no Brasil e, portanto, é uma necessidade fundamental que lutemos pela mais ampla e mais irrestrita democracia política sob o capitalismo”. Parcialmente errado. Enquanto existir capitalismo, não haverá a “mais ampla e irrestrita democracia política”. Logo, lutamos por algo que não é realizável nos marcos do capitalismo. Isso porque existe a tal democracia burguesa. Aliás, notem:bet3xrepente, caídobet3xparaquedas, aparece a frase “caráterbet3xclasse da democracia burguesa”. Ora, se a “democracia” tem “caráterbet3xclasse”, então as “liberdades democráticas” também têm “caráterbet3xclasse”; logo o que é “irrestrito para alguns” é “restrito” para outros.

Concluindo: Pimenta diz ser ridículo “acreditar que alguma força no mundo seja capazbet3xrestringir o ‘direitobet3xmentir’." Entendo que Pimenta se sinta afetado por isto. E,bet3xfato, seria ridículo achar que é possível eliminar a mentira. Mas não há nadabet3xridículobet3xachar que é possível restringir o “direitobet3xmentir”. Dou um exemplo: a justiça eleitoral pode ou não retirar do ar propaganda eleitoral mentirosa? Outra pergunta: os nazistas podem fazer manifestações ou elas devem ser proibidas? Musk pode falar e fazer qualquer coisa?

Termino por onde comecei: nesta questãobet3xtela, o PCO defende posições que a tornam aliada objetiva da extrema-direita. Aliás, como ouvinte da Jovem Pan e observador das redes sociais da extrema-direita, vejo que o outro lado percebe isto. Ademais, considero que o PCO é uma seita, cujo comportamento lembrabet3xalguns aspectos o MR8 do final dos anos 1970. No que vai dar este coquetel explosivo, talvez só o Dugin saberá dizer.


SEGUE O TEXTO COMENTADO

bet3x Mais uma vez, Valter Pomar: errar é humano, insistir no erro…

"'Marxismo'bet3xPomar fica devendo", escreve Rui Costa Pimenta

Valter Pomar volta à carga contra o PCO num texto que revela um certo estadobet3xalienação da realidade. Repete todos os argumentos que refutamos, sem considerar a refutação. Errar é humano, diz o ditado, mas insistir no erro…

Segundo o marxista Pomar, ele não pode ser considerado um pequeno-burguês pois "todos sabemos quem, nesta vida, efetivamente trabalha para ganhar seu pão". Aparte do fatobet3xque o trabalhobet3xintelectuais e profissionais liberais não é um trabalho proletário e deixandobet3xlado a insinuaçãobet3xque eu não trabalho (outra calúnia, sem justificativa), a caracterizaçãobet3xpartidos e elementosbet3xesquerda como pequeno-burgueses nada tem a ver com se e onde trabalham. Aqui, também o "marxismo"bet3xPomar fica devendo. Mas vamos demonstrar o método pequeno-burguês que Pomar tem usado nesta polêmica: "Pela graça do bom pai, estou viajando e sem tempo para ler, muito menos responder, toda a verborragia que o Rui Costa Pimenta e o PCO andam escrevendo a meu respeito.

Acontece que não consigo resistir ao estilo do referido cidadão, estilo que classifico comobet3xassédio doentio (aliás, este é mais um pontobet3xcontato com a extrema direita, além das já citadas defesasbet3xvários escrotos,bet3xMusk ebet3xBrazão, o convívio com o Movimento Nova Resistência etc.). Novamente, vou deixarbet3xlado grande parte das abobrinhas, inclusive a minha inclusão na "esquerda pequeno burguesa". Durante toda a discussão, Pomar se esforça para tentar diminuir o oponente. O PCO seria uma "seita", defendemos "escrotos", nossas respostas às suas críticas seriam "assédio doentio", etc. São bet3x comentários reveladores do caráter pequeno-burguês das concepçõesbet3xPomar: ele não pode nunca ficar por baixo e, por esse motivo, procurar desqualificar o adversário, assumindo uma empostação arrogante mesmo que não tenha motivo para isso. Nos artigos anteriores insistebet3xque somos uma "seita", o que quer que ele entenda por isso, uma vez que nunca explicou, diz que prefere ignorar nossos argumentos porque não seriam merecedores dabet3xsapiência e do seu precioso tempo e, novamente, sai pela tangente no debate classificando nossas posiçõesbet3x"abobrinhas". Está claro quebet3xmomento algum justifica tudo isso. É só para induzir o leitor incauto a acreditar na importância que ele atribui a si mesmo. O fato objetivo é que Pomar escreveu uma meia dúziabet3xartigosbet3xcrítica ao PCO e, ao ser respondido, foi incapazbet3xrefutar um único argumento nosso. Na verdade, nosso grande crime seria responder a críticas sem fundamentação. O método marxista, porém, consistebet3xesclarecer as ideias políticas e teóricas à luz do marxismo. Não debatemos desopilar o fígado, mas para defender um programa político. Os textos do nosso contraditor estão tão longe desse método como a terra está da lua.

Isto é dito pela pessoa que publica sistematicamente artigosbet3x"crítica" ao PCO sem qualquer provocação da nossa parte. Ao leitorbet3xjulgar quem sofrebet3x"assédio doentio". Seria útil que o Sr. Valter Pomar explicasse tanto a nós como aos leitores qual é a razão dabet3ximplicância com uma "seita" que só fala "abobrinhas", particularmente quando esta "seita" tem uma atitude muito correta com o seu partido, o PT. Não procuramos retirar ao militante petista o direitobet3xescrever o que quiser, com a motivação que tiver, mas para esclarecimento do público geral seria importante explicar o que destaca o PCObet3xvários outros setores da esquerda, inclusive dentro do seu próprio partido, que, na nossa opinião merecem maior empenho crítico.

Novamente, neste artigo, somos apresentados com uma completa incompreensão do caráter da luta democrática: "Segundo Pimenta, 'a única política séria sob a ditadura da burguesia seria abet3xlutar para ampliar o mais possível os direitos do povo trabalhador, o que obviamente é uma luta contra a burguesia'".

É verdade. E é exatamente por isso que vários marxistas defendiam e seguem defendendo a 'ditadura do proletariado'". Logicamente, porém, esse não é o problema colocado pela discussão sobre a liberdadebet3xexpressão (irrestrita, porque qualquer outra coisa é censura, ou seja, restrição da expressão). Não estamos na e nem na véspera da ditadura proletária. Ao contrário, nossa tarefa é abet3xorganizar a classe operária para que ela, diante da eclosão da revolução (que não dependebet3xnós) esteja preparada para dirigi-la. Ora, isso significa que temos que definir qual é a política proletária para o longo períodobet3xditadura da burguesia ou, ditobet3xoutra forma, qual é a política segundo a qual essa preparação possa ser realizada. É uma questão simples: é a luta por reformas sob o capitalismo. A luta pelas reformas, políticas e econômicas, é o meio para o objetivo final que é a revolução socialista. Esclarecido esse problema, qual deve ser a política marxista para a questão democrática? Sem dúvida, as reformas democráticas, entre elas a luta pela liberdadebet3xexpressão irrestrita, a luta pelo alargamento da democracia burguesa, o que permite um maior escopobet3xação para o proletariado e as massas exploradas. Será demais dizer que isso é o be-a-bá do marxismo, que o nosso crítico não compreende este problema elementar e que repete os seus argumentosbet3xentrar no mérito desta consideração?

Se passarmos o tempo respondendo com a ditadura do proletariado aos problemas do presente, logicamente nunca chegaremos à ditadura do proletariado. Pior, tal conduta seria a condutabet3xum propagandismo estéril e sectário, por falarbet3xseitas.

Tudo aquilo que Pomar fala sobre a ditadura do proletariado tem esse pequeno senão: não estamos na ditadura do proletariado, mas na ditadura da burguesia.

Somos obrigados a explicar novamente que o direitobet3xescravizar não ébet3xfato um direito. Que monopólio do voto pelos homens ou pelos ricos como nos primeiros estágios do regime parlamentar não é um direito, mas um privilégio e uma ditadura, um fato antidemocrático. A menos que Pomar utilize como definiçãobet3xdireito, a mais reacionária e formalista das definições, ou seja, que tudo o que está escrito na lei é um direito. Contudo, se fosse assim, a ditadura militar brasileira e até o regime hitleriano seriam a personificação do estadobet3xdireito. Se o nosso contraditor não consegue entender nem mesmo isso, o que podemos fazer?

Pomar diz que não quer censurar os trabalhadores, mas Elon Musk. Quer dizer, ele não acreditabet3xlutar por direitos democráticos sob o capitalismo, mas acredita, pasmem, na capacidade da classe operária reprimir… os capitalistas sob o capitalismo. Sendo que o Estado sob o capitalismo é, sendo obrigados a ser tautológicos, o Estado dos capitalistas, quem é que vai retirar o direito dos capitalistas, o PT?

Uma vez mais, confundindo alhos com bugalhos, o petista esclarece que "censurar os jornais burgueses, fechar os jornais burgueses, impedir a burguesiabet3xmentir para o povo, foi algo comum a todas as revoluções socialistas." Somos novamente obrigados a chamar a atenção para o fatobet3xque não estamosbet3xuma revolução e nem mesmo numa etapa pré-revolucionária. Porém, ressalvamos que os jornais burgueses que foram fechadosbet3xrevoluções o foram como resultado da própria luta e da atitude contrarrevolucionária da burguesia e não como norma.

bet3x Mais confusão: "Pois então: a 'ditadura' que eu pretendo 'restringir' é a ditadura exercida pela burguesia contra a classe trabalhadora. Acontece que essa ditadura é, ao mesmo tempo, uma democracia para a burguesia; a democracia da burguesia é a ditadura para os trabalhadores. Repito: não fui eu quem inventou esse jeitobet3xpensar, quem fez isso foi o Marx, foi o Lenin etc e tal." Quando ouvimos tais explicações terminando com a invocação da autoridadebet3xMarx ou Lênin, chegamos a sentir dó dos grandes marxistas, senãobet3xnós mesmos. Segundo Pomar, num regime capitalista (lembrando sempre que estamos no regime reacionário do Brasilbet3xabrilbet3x2024 e não na futura ditadura do proletariado oubet3xmeio a uma revolução), devemos lutar para restringir… a democracia burguesa! Por algum motivo misterioso, nosso autor acredita que a restrição da democracia burguesa seria benéfica para os trabalhadores. Em regime capitalista, na realidade, qualquer restrição dos direitos democráticos significa amarrar as mãos da classe trabalhadora na luta contra a burguesia. A classe operária pode e deve utilizar a democracia burguesa, por mais restrita que seja, contra a própria burguesia.

É um erro no entanto, pensar que a restrição dos direitos democráticos seja um problema para a própria burguesia. A burguesiabet3xverdade, não a imagináriabet3xValter Pomar, no entanto, não pensa assim. Quando os direitos democráticos (da democracia burguesa) tornam-se um meio para as massas ameaçarem abet3xdominação, a burguesia apela para restrição total dos direitos democráticos burgueses… contra as massas. Quem estiver acompanhando esse debate deve pensar que ninguém nunca viu uma ditadura como o regime militar no Brasil ebet3xoutros países.

Pelo aqui exposto concluímos que, se Pomar representa a ala marxista e revolucionária do PT, a situação desse partido está muito mais confusa do que parece e, somos obrigados a dizer, parece já muito confusa.

Pomar insiste: "para ele (para mim, n. do r.) existiria um direito genérico, que ou é restringido para todos, ou é ampliado para todos. Mas na vida real, na sociedadebet3xclasses, não funciona assim. Numa sociedade divididabet3xclasses, para ampliar o direitobet3xuns, é preciso restringir o direitobet3xoutros." Já demonstramos que o direito, estamos falando logicamente do direito democrático, só se opõe a privilégios e ditaduras, mas aqui ele introduz uma outra novidade: não existe um direito genérico, para todos os cidadãos. Isso é obviamente falso. Do pontobet3xvista do regime burguês, o direito é para todos. Se existe liberdadebet3ximprensa, qualquer pessoa pode abrir um jornal. Se este direito for restringido pela lei ou arbitrariamente para qualquer setor social, ele torna-se um privilégio e estamos diantebet3xum fato autoritário, ou seja, do abandono total ou parcial do estadobet3xdireito. Outra coisa, que parece ser o que pensa o nosso contumaz polemista, é que a desigualdade econômica e social torne o usufruto desse direito um fato limitado ou até mesmo uma ficção. Mas, mesmo desse pontobet3xvista, não podemos concluir que o direito político seja uma ficção absoluta, apenas relativa.

A liberdadebet3ximprensa, se existe, é real para todos. Pomar, por exemplo, mantém um blogue que é um órgãobet3ximprensa pequeno, mas que existe. Ele está exercendo seu direito democrático e embora com limitações econômicas, ele continua sendo real. É por isso que os marxistas sempre lutaram pela democracia burguesa políticabet3xoposição à ditadura. Se as liberdades democráticas não significassem nada, nem haveria sentidobet3xse lutar por elas. Até mesmo para fazer as massas compreenderem o caráterbet3xclasse da democracia burguesia é necessário que exista essa democracia, mesmo na forma completamente bastarda e fictícia que temos no Brasil e, portanto, é uma necessidade fundamental que lutemos pela mais ampla e mais irrestrita democracia política sob o capitalismo.

No que diz respeito às liberdades políticas e civis, é absolutamente necessário que sejam absolutas e irrestritas: liberdadebet3xpensamento ebet3xpalavra, direitobet3xmanifestação,bet3xgreve, etc. porque qualquer tentativabet3xrestrição ebet3xlimitação desses direitosbet3xnome da "necessidade social", do bom senso, etc. é um avanço da ditadura da burguesia sobre os direitos do povo.

A confusão pomariana é como um novelobet3xlinha, quanto mais se puxa, mas aumenta. Segundo ele, "por óbvio, eu não defendo censura sobre os trabalhadores. Quem defende censura contra os trabalhadores é quem defende o Musk.

Eu, pelo contrário, defendo restringir o direitobet3xmentir do Musk, assim como defendo restringir o direitobet3xmentir dos oligopólios."

Além do ridículobet3xacreditar que alguma força no mundo seja capazbet3xrestringir o "direitobet3xmentir", quem vai fazer isso? Pomar, enebriado pela cruzada do Sr. Alexandrebet3xMoraes e pelos arroubos totalitários do imperialismo, acredita que seja realmente possível reprimir a classe dominante. Por isso, temos que dizer que o alvo fundamental da campanha pela censura, orquestrada desde Washington, não é Musk, Bill Gates ou outro empresário da Internet, mas as massas do mundo todo que tendem a se rebelar contra os "democráticos" senhores do mundo. Pomar é apenas um propagandista inconsciente da política do imperialismo.

Toda essa enorme confusão política está refletida na política do PT que ignora a fantasia da ditadura e da revolução e adapta totalmente ao atual regime política reacionário, denominado por ele como "a democracia" e não propõe nenhuma reforma política por menor que seja. A ala do Sr. Pomar também não propõe nada nesse sentido e o sonho da repressão da burguesia se transforma numa adaptação passiva ao regime político burguês.

Para concluir, uma palavra aos enfadonhos canceladores que apoiam a confusãobet3xValter Pomar dizendo que devemos ser cancelados pelo Brasil247. Vocês não têm argumentos para debater e demonstram isso com as costumeiras tiradas grosseiras e ofensivas e como o uso do cachimbo faz a boca torta, quanto mais gritam "cancelamento!" mais se tornam incapazesbet3xargumentar. Esse é um dos motivos do crescimento da direita no nosso país e no mundo.


 

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