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Jean Marc Von Der Weid

Ex-presidente da UNE (1969-71). Fundador da organização não governamental Agricultura Familiar e Agroecologia (ASTA).

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Não vai faltar petróleo?

É fundamental discutir a afirmação da abundânciaroleta letraspetróleo nas próximas décadas, se ela é crível ou não

Plataformaroleta letraspetróleo (Foto: Agência Petrobrás)
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(Publicado no site A Terra é Redonda)

Estou seriamente preocupado com a inacreditável faltaroleta letrasnoçãoroleta letraseconomistas, especialistasroleta letraspetróleo e políticos, evidenciada por declarações nos últimos dias, defendendo a exploraçãoroleta letraspetróleo nas águas territoriais do Amapá. Segundo todos eles, o petróleo ainda vai ser dominante na matriz energética mundial nos próximos 40 a 50 anos e que temos que aproveitar esta riqueza sem restrições “para financiar o desenvolvimento do Brasil e garantir a superação da pobreza”.

Em 2003, a Agência Internacionalroleta letrasEnergia (AIE) fez esta afirmação agora repetida por muitos aqui no Brasil: não vai faltar petróleo nos próximos 40 anos. Mas o cálculo não levavaroleta letrasconta a crescente demanda por petróleo e, se esta continuasse na média da década anterior, o balançoroleta letrasoferta e demanda se romperiaroleta letras25 anos. Não vou nem discutir que o cálculo também não levavaroleta letrasconta o fatoroleta letrasque as reservas não são exploráveis até a última gota.

Mesmo com altos investimentos e moderníssimas técnicasroleta letrasextração, 40 a 50 %roleta letrasretirada da reservaroleta letrasqualquer poço é um limite físico, econômico e energético. Apenas constato que a previsão, feitaroleta letras2003, nos levaria a um picoroleta letrasproduçãoroleta letraspetróleo (convencional e não convencional) para o anoroleta letras2028.

A realidade provou ser pior do que previsto: a produçãoroleta letraspetróleoroleta letrasxisto estagnouroleta letras2019. Em 2020, a AIE, o governo americano e a OPEP apostavamroleta letrasum crescimento lento da oferta deste tiporoleta letraspetróleo e uma estabilizaçãoroleta letras2025. Em outras palavras, se eram necessários 30 Mb/droleta letraspetróleoroleta letrasxisto para equilibrar o mercado, a oferta deve chegar a um platôroleta letras15 Mb/d.

A demandaroleta letras2025 deverá chegar a 105 Mb/d, ou seja, o déficitroleta letrasoferta vai ser nada menosroleta letrasque 14,3%, mas deixemos para discutir mais adiante o que este déficit significará para a economia mundial e a nossa.

Em 2018, o PDG da empresa petroleira francesa Total declarou: “depoisroleta letras2020 correremos o riscoroleta letrasfaltar petróleo”. Em 2020, o mesmo personagem anunciou a previsãoroleta letrasum déficitroleta letras10 Mb/droleta letras2025. Em 2022, a empresaroleta letrasinteligência econômica mais respeitada pelos meios industriais, Wood Mackenzie, constatou: “o mundo se dirige para a penúriaroleta letrasabastecimento como um sonâmbulo”. Em 2021, o banco americano JP Morgan anunciouroleta letrasrelatório aos acionistas: “um déficit severo no abastecimentoroleta letraspetróleo se perfila no horizonte, mais rápido do que se imagina”.

O jornal Washington Post publicouroleta letras28roleta letrassetembroroleta letras2022 um relatório da agência Bloomberg, apontando para um picoroleta letrasproduçãoroleta letrastodos os combustíveis líquidos (petróleo convencional,roleta letrasareias betuminosas,roleta letrasxisto,roleta letraságuas profundas, biocombustíveis, ultra pesados)roleta letras103,2 Mb/d. A produção no final do anoroleta letras2022 alcançou 101,6 Mb/d. ou seja, estamos apenas a 1,6Mb/droleta letrasdistância do pico, pouco maisroleta letras1,5% da produção mundial atual. E não há sinaisroleta letrasredução da demanda no plano internacional, puxada por Índia, China e Rússia e outros paísesroleta letrasdesenvolvimento. No mesmo relatório cita-se uma declaração da empresa petroleira inglesa BP, indicando que o pico geral ocorrerá entre 2025 e 2035, o que o próprio artigo qualifica como sendo exageradamente otimista.

Resumindo o citado acima: empresas petroleiras, agências internacionais, empresas especializadasroleta letrasanálise e informação sobre o setor energético (Rystad Energy), governos (EUA, Rússia e até Arábia Saudita) e imprensa estão martelando que o fim da era do petróleo está com os (poucos) dias contados. Os mais otimistas se limitam a dizer que os dias do petróleo barato acabou. Os realistas dizem que é pior do que isso, alcançamos os limites físicosroleta letrasprodução.

A meu ver a discussão sobre o estancamento da produção e aroleta letrasdata é inútil frente à unanimidade das opiniões apontando para um novo quadro econômico definido por preçosroleta letraspetróleo instáveis e crescentes, tendendo a rapidamente alcançar o patamar crítico dos 150,00 dólares por barril, o nível que lançou a criseroleta letras2008. Os déficits entre oferta e demandaroleta letraspetróleo, anunciados acima, com previsõesroleta letrasocorrerem no anoroleta letras2025 (como maior probabilidade) exacerbarão um aumentoroleta letraspreços que tende a começar antes deste acontecimento.

Com este quadro, o que esperar da economia mundial?

Uma profunda recessão combinada com uma brutal inflação. Isto tem a ver com o fatoroleta letrasque o petróleo é o “motor” do crescimento da economia capitalista, desde o início do século passado. Não só 95% do transporteroleta letraspessoas e cargas é feito usando derivados do petróleo, como quase todos os setores da indústria dependem deste recurso: o agroalimentar, oroleta letrasplásticos, a petroquímica, o vestuário, o farmacêutico, a informática, o siderúrgico, … a lista continua e é longa. Tudo que consumimos vai ficar mais caro, não só porque depende do petróleo para ser produzido como depende dele para ser transportado.

Frente a ameaçaroleta letraspreços muito mais altosroleta letrascurto prazo eroleta letrasesgotamento da ofertaroleta letrasum prazo apenas um pouco mais largo, a discussão sobre nos afundarmos mais ainda na dependência dos combustíveis fósseis é patética. Deveríamos estar discutindo como substituir gasolina e diesel como matriz energética dos transportes e como poupar o petróleo disponível para uso nas inúmeras indústrias que dele dependem. E discutindo como ir substituindo, onde possível, o petróleo como insumo básico para estas indústrias.

E o que estároleta letrasjogo, tanto para a Petrobras como para o governo (e oposição), é investirroleta letrasmais petróleo sabendo-se que é um investimento pesado, bilhõesroleta letrasdólares, com um prazo para entrega, se ela ocorrer,roleta letrasdez anos, no mínimo.

Por outro lado, o governo se esforça para baixar os preços dos combustíveis, o que significa aumentar o seu emprego, justo quando deveríamos estar limitando o seu uso o mais rápido possível. Para completar o desastre, o governo se propõe a incentivar o usoroleta letrascarros usando estes mesmos combustíveisroleta letrasviasroleta letrasdesaparecerem.

Dá para errar mais? Os jornais da semana passada apontam para dados indicando que, nos últimos dois anos, os subsídios para a indústria automotora e seus combustíveis foram três vezes maiores do que os empregados no aumento dos transportes públicos, que trariam uma diminuição da demandaroleta letrascombustíveis, embora sem os eliminar. Não se trataroleta letrasum fenômeno recente, masroleta letrasuma política sistemática totalmente defasada com a realidade da iminente crise energética, que já vinha sendo apontada como certa, desde o ano 2000 pelos mais avisados.

O Brasil vive um negacionismo absurdo ao não enfrentar a crise desde já. Na verdade, mesmo se adotarmos políticas radicaisroleta letrassubstituição dos combustíveis fósseis, ainda seriamos apanhados pela penúria energética nos próximos anos. Se mantivermos a postura que os gringos chamamroleta letras“business as usual”, o desastre vai ser ainda maior.

Qual é o impacto mais grave desta postura?

Há vários cenários possíveis, dependendo do que fizer o governo.

Se for adotada uma políticaroleta letrassegurar as exportaçõesroleta letraspetróleo para garantir o transporte interno e mais o uso industrial, poderíamos prolongar a agonia por menosroleta letrasuma década, já que a Petrobras estima que o pico da nossa produção seria alcançado até 2029, e a produção no nível do pico poderia durar mais alguns anos antesroleta letrasum esgotamento acelerado.

O problema para adotar esta posição é que a Petrobras não é uma empresa estatal plena. Ela tem ações nas bolsas brasileira e internacionais e a legislação garante os direitos dos acionistas, dos quais pertoroleta letras40% são estrangeiros. Por outro lado, uma parte importante da nossa produção nacional é resultadoroleta letrasinvestimentosroleta letrasgrandes empresas multinacionais ou nacionais (China), que compraram autorgas no pré-sal que vão querer manter o fluxo das exportações.

Se o governo mantiver as coisas como estão o petróleoroleta letrasterritório nacional acabará mais rápido e os preços do petróleo vão disparar, lançando uma crise inflacionária pesada que vai ser sentida nos custosroleta letrastransporte e no custo da alimentação.

O impacto na alimentação será gigantesco. Segundo pesquisasroleta letrasvários estudiososroleta letrasvários países, o agronegócio não é outra coisa do que “petróleo na formaroleta letrasalimentos”. Estes estudos apontam para um custo energéticoroleta letras10 caloriasroleta letraspetróleo para cada caloriaroleta letrasalimentos. O petróleo entra nos custosroleta letrasfertilizantes,roleta letrasagrotóxicos, do movimento das máquinas agrícolas, do transporteroleta letrasalimentos eroleta letrasseu processamento.

Comer vai ser ainda mais dramático para a população do que na situação atual (que já é calamitosa) e não vai haver Bolsa Família que dê conta do estrago. Pelas mesmas razões (o custo elevado dos derivados do petróleo), os preços dos alimentos no mercado internacional estarão nas alturas e o reflexo dos governosroleta letrasreter as exportações para garantir os mercados internos, já vistoroleta letras2008, tornará difícil importar aquilo que não produzimos.

Já toquei no tema das medidasroleta letrascurto e médio prazo para iniciar o “desmame” da nossa economia da dependência do petróleoroleta letrasoutros artigos. O que quero ressaltar agora é a necessidaderoleta letrasnos prepararmos para a crise alimentar que vai chegarroleta letrasbreve. Já vivemos uma crise atualmente, fruto da natureza da nossa agricultura exportadora, dos custos crescentes da produção internaroleta letrasalimentos e da insuficiência do abastecimento alimentar da população. Tudo isto vai ficar mais dramático com a crise do petróleo ou da faltaroleta letraspetróleo. A transição para a agroecologia e para a agricultura familiar passa a ser uma imposição no curto prazo.

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